RELEVÂNCIA
DA ESTATÍSTICA NA ATUALIDADE
Raimundo
J. B. Brandão
A
relevância da Estatística pode ser observada pelo seu uso em organizações
governamentais e não governamentais, onde instituições financeiras, econômicas
e sociais necessitam de conhecimentos Estatísticos do mais elementar ao nível
mais avançado, para que cidadãos comuns e profissionais em geral possam tomar
decisões com fundamentos técnicos e científicos com certa margem de segurança.
O
papel da Estatística nos últimos anos atingiu uma importância significativa
para o desenvolvimento social e econômico. Instituições de pesquisa são criadas
com fins específicos de atender as demandas de coleta, análise e interpretação
de dados, para fins de planejamento tanto do Estado, como do Brasil. Ao
destacar o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/IBGE, que, de acordo
com seu estatuto (Brasil, 2003), tem como missão retratar o Brasil com informações
necessárias ao conhecimento da sua realidade e ao exercício da cidadania, por
meio da produção, análise, pesquisa e disseminação de informações de natureza
estatística- demográfica e socioeconômica, e geocientífica-geográfica,
cartográfica, geodésica e ambiental.
O IBGE, portanto, constitui-se no maior órgão de
coleta, organização e análise de dados do Brasil, atendendo, assim, demandas de
informações oficiais como os governos Federal, Estadual e Municipal, bem como a
sociedade em geral.
Observa-se ainda que o IBGE, no desempenho de suas
funções, oferece uma visão ampla, completa e atualizada do país, dentre outras
questões, na produção de informações Estatísticas, na coordenação e
consolidação destas informações e na coordenação dos sistemas estatísticos e
cartográficos. (BRASIL, 2003)
Em nível internacional, a Associação Internacional
para a Educação Estatística (IASE), em suas ações pelo mundo, procura promover,
apoiar e melhorar a Educação Estatística em todos os níveis; e estimular a cooperação
internacional, a discussão e pesquisa, disseminando ideias, estratégias,
materiais e informações através de publicações e conferências internacionais.
(Disponível em: < http://www.stat.auckland.ac.nz/~iase/>. Acesso
em 19 de mar 2012.)
Pode-se notar que, de acordo com o exposto, a
Estatística tem uma aplicabilidade muito vasta na utilização de dados
experimentais e contribui para o desenvolvimento cientifico.
Portanto,
na atualidade, a necessidade de conhecimentos estatísticos torna-se cada vez
maior para as pessoas em geral, a fim de possibilitar uma melhor compreensão
dos fenômenos da natureza, sociais e tomadas de decisão.
Para as
tomadas de decisão, um dos procedimentos mais comuns e que tem o objetivo de
estabelecer critérios que permitam distinguir entre diferenças reais e casuais,
se uma amostra difere de maneira significativa dos resultados esperados e
assim, se rejeita ou não rejeita as hipóteses estatísticas elaboradas, são os
testes de significância.
Os testes
de hipótese permitem por tanto, decidir estatisticamente e decidir consiste,
tomar decisões sobre universo ou populações, com base em informações sobre
amostras das mesmas.
Pimenta (2009) destaca a grande necessidade dos adultos, numa sociedade
industrial, estarem capacitados (alfabetizados) estatisticamente para analisar
e avaliar criticamente a informação, oriunda da organização de dados que os
indivíduos podem encontrar em diversos contextos, e discutir e comunicar as
suas concepções em relação a essas informações quando forem relevantes.
Diante da necessidade do cidadão comum e dos
profissionais em geral, em domínios de conhecimentos estatísticos para decidir
no cotidiano, alguns países introduziram o ensino deste conteúdo nos currículos
escolares.
A Inglaterra foi um dos países pioneiros na
inserção da estatística nos currículos de Matemática. Segundo Holmes (2002), no
ano de 1961, o ensino de Estatística e Probabilidade, embora de maneira
opcional, foi introduzido no currículo de Matemática para estudantes na faixa
etária entre 16 e 19 anos.
Encontra-se em Lopes (2008) que não basta o cidadão
entender porcentagens expostas em índices estatísticos, como as taxas de
desenvolvimento populacional, de inflação ou desemprego, é necessário que o
mesmo saiba analisar e relacionar criticamente os dados apresentados,
analisando, interpretando, comparando e tirando conclusões das informações.
Os dados podem ser expostos por meio de tabelas e
gráficos, sendo a representação gráfica muito eficiente na transmissão das informações, segundo Carzola
e Castro (2008), esta eficiência é possível por serem visualmente mais
prazerosa e amena na percepção e raciocínio das pessoas, mas advertem sobre as
contradições existentes no recebimento das informações em pesquisas com
fundamentação observacional, experimental e estatística, cujos resultados, às
vezes, não são compreendidos em função de serem divulgadas apenas conclusões de
forma incompletas, descontextualizadas e distorcidas, mal compreendidas que
induzem as pessoas a tomarem decisão de forma equivocadas.
De acordo com Cazorla e Castro (2008, p. 47):
Neste ponto, é
preciso compreender que a maioria das informações provenientes de levantamentos
estatísticos, na busca de estimar tendências e parâmetros, tem por base uma
amostra, a partir da qual os parâmetros são estimados. Logo, as inferências
obtidas, com base em dados amostrais, estão sujeitas a erros provenientes da
própria amostragem. Também, deve-se compreender que por trás de toda informação
veiculada pela mídia, existe um patrocinador, alguém que pagou pela pesquisa e
que, portanto, essa não é neutra e responde a interesses de mercado.
Entende-se, desta forma, a extrema
necessidade que pessoas comuns tenham conhecimentos em Estatística para o
exercício da cidadania, pois, conforme Dallari (1998), a cidadania consiste nas
possibilidades do indivíduo de participar ativamente da vida do governo e sua
população, inserindo-o na vida social, e da tomada de decisões.
REFERÊNCIAS
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de estatística: Estudo sobre uma licenciatura de Matemática da universidade
Estadual do Maranhão”. Tese de Doutorado. Universidade bandeirante de São
Paulo. São Paulo, 2012.
BRANDÃO, R.J.B. Aprendizagem significativa em Estatística com
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Significativa (4º ENAS). Garanhuns-Pe, 2012.
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CASTRO, F.C. de. O papel da estatística na leitura do mundo: o
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HOLMES, P. Some lessons to be learnt from
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PIMENTA,
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FERNANDES,J.A., VISEU, F., MARTINHHO,M.H. & CORREIA, P.F (Orgs.). Actas do
II encontro de Probabilidade e estatística na Escola. Braga: Centro de
Investigação em Educação da Univeridade do Minho. Portugal. 2009.
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