A
TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO ESTATÍSTICA
Professor
Raimundo J.B. Brandão*
As tecnologias
de maneira geral, dada a confiabilidade e rapidez no processamento de dados
possuem um papel muito importante para a sociedade no sentido de facilitar o
acesso à informação e melhorar a comunicação. As tecnologias da informação e
comunicação (TIC’s) tem alcançado grande destaque nas últimas décadas e o seu
desenvolvimento, tem na atualidade dado contribuições significativas a vários
segmentos da sociedade, como por exemplo, na comunicação e na educação.
Na
educação, as TICs são imprescindíveis, apesar delas não educarem (BARROS ,
MORAES e RODRIGUES, 2010), são utilizadas com instrumentos de acesso ao
conhecimento e estimulam o aprendizado.
As
demandas pelas tecnologias em todos os campos do conhecimento tem sido foco de
estudos como o objetivo melhorar as suas aplicações no processo de ensino e
aprendizagem. Nas últimas décadas tem
crescido bastante a tendência pela das tecnologias no sentido de auxiliar o
processo de ensino e aprendizagem em Matemática. Para este autor a buscar por
ferramentas interativas, que facilitam a realização de cálculos podem ser mais
motivadoras que podem facilitar o processo de ensino e aprendizagem tem levado
professores e estudantes em busca de software.
Em matemática existem uma diversidade de software, em
praticamente todas as áreas de
matemática, como por exemplo, na Álgebra, Geometria, Cálculos e Estatística.
Nas últimas décadas o
ensino da Estatística e da Probabilidade tem tido influencia muito importantes
das novas tecnologias de informação e comunicação (TIC’s).
A utilização das tecnologias
em pesquisas permite se trabalhar com um volume grande de dados ou mesmo dados
reais, eliminando trabalhos com amostras o que permite se obter resultados mais
próximo da realidade. Para Branco (2000) a novas tecnologias são indispensáveis
na prática do ensino de Estatística.
______________________
*Doutor
em Educação Matemática e professor da Universidade Estadual do Maranhão
Com relação ao ensino de Estatística atualmente é
bastante comum o auxílio de tecnologia
no processo de ensino e aprendizagem. Diferentemente de duas ou três
décadas é bastante comum a utilização de
tecnologias s atrás, hoje não é raro encontrar em sala de aulas estudantes com laptop, notebook, tablet e
máquinas de calcular modernas, tão eficientes quanto computadores.
Atualmente, é difícil se imaginar o ensino e aprendizagem
de Estatística sem o auxílio de tecnologia. Diferentemente de duas ou três
décadas atrás, hoje é muito comum encontrar em sala de aulas estudantes com laptop, notebook, tablet e
máquinas de calcular modernas, tão eficientes quanto computadores. Também é
bastante comum a utilização da Internet em curso online, vídeo-aulas e muitas outras formas digitais de se processar
o ensino e a aprendizagem em todos os campos do conhecimento.
No
ensino de Estatística muitos softwares tem sido desenvolvidos com a finalidade
de facilitar a aprendizagem, e nos parece que os ideais são aqueles onde o
aprendiz pode criar e manipular a sua base de dados. Dentre estes, os de uso
mais comuns são:
·
Software estatístico adequado ao ensino
de ensaística é o R (Rcmdr), muito importante na interação de dados, criação de gráficos,
realização de análises Estatísticas, criação e realização de simulações. A
forma de acesso aos dados é simples e direta para sua conversão e importação e,
dentre outras características, possui pacotes com funções específicas..
·
O Software Minitab é um pacote estatístico importante na análise de
dados. O usuário não precisa ter conhecimentos de linguagem de programação
aprofundada para manusear o software,
por esta razão o torna de fácil acesso.
·
Para Chance et al. (2007), nos últimos anos o
Minitab tem tido um foco pedagógico muito grande. Por também ser um software de manipulação de dados, cada
vez mais se torna mais viável no processo de ensino e aprendizagem, permitindo
a exploração dos alunos na construção de ideias.
Apesar de existirem
softwares voltados para o ensino de Estatística, conforme citado acima, nesta
pesquisa utilizamos o Pakage
Statistical Package for Social
Sciences
(SPSS), que apresenta uma aplicação relativamente fácil, pelo fato de funcionar
de modo semelhante a outros aplicativos desenvolvidos para o Windows. É um
pacote para o tratamento de dados acessível a usuários sem muito domínio em
informática. Diante disso, os participantes do grupo de pesquisa manifestaram o
desejo de utilizá-lo no momento da intervenção de ensino.
Esses pacotes podem ser
genéricos ou específicos. Os pacotes genéricos (como o Minitab, Splus, SPSS e
SAS) são adequados para realizar uma gama variada de análises estatísticas. Os
pacotes específicos são planejados para análises particulares de uma
determinada área. Por outro lado, os pacotes podem exigir maior ou menor experiência
computacional dos usuários. Alguns operam com menus, e é mais simples. Outros requerem maior familiaridade com o
computador e são baseados em linguagens próprias.
Em estudos realizados por
Moraes (1998) verifica-se que as instituições de ensino, que utilizam
computadores no processo educacional, apresentam avanços no desenvolvimento do
pensamento do aluno com dificuldades de aprendizagem, além de motivarem e
ajudarem num melhor desempenho da aprendizagem de conceitos matemáticos, uma
vez que o computador poderá vir a ser um bom administrador de atividades que
contribuem para o desenvolvimento do raciocínio matemático-estatístico,
favorecendo assim a compreensão dos significados dos conceitos dos objetos de
estudo.
Nos últimos anos, as novas
Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) têm exercido uma influência
importante no ensino da Estatística, possibilitando a realização de todo o tipo
de cálculos e facilitando o uso de uma grande variedade de formas de
representação. Deste modo, as TICs possibilitam o tratamento de dados reais, em
vez do tradicional trabalho com amostras de pequena dimensão, onde os valores
são escolhidos de modo artificial para proporcionarem cálculos simples. Mais
recentemente, a Internet, onde é possível obter uma imensa variedade de dados
estatísticos, surgiu como um recurso de grande alcance para o
ensino-aprendizagem deste tema (PONTE & FONSECA, 2001, p.5).
A utilização da tecnologia
pela ciência, como a Estatística, tem contribuído para grandes avanços em todos
os aspectos da dimensão humana e, sem sombra de dúvidas, tem se constituído
como um fator essencial para (re)adaptação do indivíduo à sociedade moderna.
(Chance et al., 2007)
A grande evolução da Ciência e Tecnologia tem contribuído
de forma substancial no ensino de Estatística e, de acordo com Moore et
al.(1995), este impacto não é tão surpreendente, dado que a tecnologia mudou a
forma do trabalho Estatístico e, portanto, está mudando o conteúdo e a forma de
ensinar este componente curricular.
Encontra-se em Chance et al. (2007) que a tecnologia tem
levado a inúmeras mudanças na prática Estatística. Muitos problemas que eram
intratáveis analiticamente, agora tem solução aproximada. Outra questão
impactante no ensino de Estatística é ausência cada vez maior na utilização de
tabelas Z e T para determinar valores de rejeição ou estimar os valores de P,
uma vez que o software específico e
as calculadoras de última geração produzem resultados com maior precisão e
rapidez.
Com o passar do tempo, a
evolução da tecnologia possibilita, pelos princípios científicos, novas
concepções e fabricação de máquinas, aparelhos e instrumentos, as modificações
acontecem numa velocidade muito grande, tornando muitos destes obsoletos em um
curto período de tempo.
As tecnologias, de maneira
geral, poderão contribuir significativamente para uma Educação Estatística mais
eficiente, pois a sua utilização possibilitará a interação entre os alunos e
demais participantes, suas aprendizagens e familiarização com as demanda das
TICs para a futura profissão. (GARFIELD et al., 2000; CHANCE et al., 2007)
Encontra-se em Chance et al. (2007, p. 5) que
os tipos de tecnologias utilizadas no ensino de Estatística e Probabilidades
são diversos e dentre eles encontram-se: pacotes de software estatístico, software
educacionais, planilhas e calculadoras gráficas.
Por pacotes estatísticos
entende-se o software projetado para
o fim específico de realizar análise estatística (CHANCE et al. 2007). Para Journal
of Statistics Software,
fundado em 1996, Software Estatístico
é o elo fundamental entre os métodos estatísticos e sua aplicação na prática. (http://www.jstatsoft.org/). Dentre
os muitos que existem, destacam-se:
·
O Pakage
Statistical Package for Social
Sciences
(SPSS), que apresenta uma aplicação relativamente fácil, pelo fato de funcionar
de modo semelhante a outros aplicativos desenvolvidos para o Windows. É um
pacote para o tratamento de dados acessível a usuários sem muito domínio em
informática.
·
Outro Software estatístico potente é o R (Rcmdr), muito importante na interação de dados, criação de gráficos,
realização de análises Estatísticas, criação e realização de simulações. Tem
como forma mais simples e direta para acesso de dados a sua conversão e
importação e, dentre outras características, possui pacotes com funções
específicas. O R também consiste simultaneamente em uma linguagem de
programação, ambiente para computação estatística e produção gráfica. Por ser
um pacote estatístico gratuito, isto o torna com grande demanda na Educação
Básica e Superior na rede privada, e principalmente, na pública.
·
O Software Minitab é um pacote estatístico importante na análise de
dados e favorece a tomada de decisão com certa margem de segurança. O usuário
não precisa ter conhecimentos de linguagem de programação aprofundada para
manusear o software, por esta razão o
torna de fácil acesso. Para Chance et al. (2007), nos últimos anos o Minitab
tem tido um foco pedagógico muito grande. Por também ser um software de manipulação de dados, cada
vez mais se torna mais viável no processo de ensino e aprendizagem, permitindo
a exploração dos alunos na construção de ideias.
·
O Software S-Plus é um pacote estatístico altamente funcional,
utilizado para manipulação e análise exploratória de dados, bem como
apresentação Gráfica. É um pacote que tem relativa facilidade de manejo e
acesso aos dados, devido a seus estilos de aplicativos Microsoft Office, com
menus de diálogos e barras de ferramentas.
Embora, num primeiro momento, esses pacotes tenham sido
desenvolvidos para a indústria, eles evoluíram para a analise de dados
São, portanto, irrefutáveis, em todos os níveis de
ensino, os efeitos positivos da tecnologia nas práticas pedagógicas em
Estatística. Já no início da década de 2000, o National Council of Teachers of Mathematics (NCTM) preconizava, em
seus princípios e padrões para a escola de Matemática, que a existência e
versatilidade da tecnologia tornam possível e necessário reexaminar o que os
alunos devem aprender em Matemática, bem como a melhor forma de fazê-lo.
Em
síntese, a presença das TIC tem sido investida de sentidos múltiplos, que vão
da alternativa de ultrapassagem dos limites postos pelas “velhas tecnologias”,
representadas principalmente por quadro-de-giz e materiais impressos, à
resposta para os mais diversos problemas educacionais, ou até mesmo para
questões socioeconômico-políticas (BARRETO, 2004, p.1183).
A American Statistics Association afirmou,
em suas diretrizes, para avaliação e instrução em Educação Estatística, que
quase todo o curso de Estatística pode ser melhorado se derem mais ênfase aos
conceitos e dados, e, menos receitas e teoria. (GAISE, 2005)
Essa
recomendação possibilitou a implantação generalizada da tecnologia em cursos de
Estatística (GARFIELD et al., 2002a). As principais
vantagens oferecidas aos educadores por pacotes de Estatísticas envolvem a
automatização de fórmulas estatísticas complexas, desenvolvimento para melhor
compreensão de conceitos estatísticos e oportunizar aos estudantes contato
pratico com o software em pesquisa prática (BULMER & HALADYN, 2011)
REFERÊNCIAS
BARRETO, Raquel Goulart. Tecnologia e
educação:trabalho e formação docente. Educ. Soc., Campinas, vol. 25, n. 89,
2004. Disponível em: http://www.cedes.unicamp.br acesso 21 de
ago de 2010.
BULMER, M., & HALADYN, J. K. Life on an Island: A
simulated population to support student projects in statistics. Technology
Innovations in Statistics Education,2011. Disonível em:< http://escholarship.org/uc/item/2q0740hv>
acesso em 30 de nov de 2011.
CHANCE, B., BEN-ZVI, D., GARFIELD, J & MEDINA, E.
The Role of Technology in Improving Student Learning of Statistics. ‖ Journal
Issue: Technology Innovations in
Statistics Education, 2007. Disponivel em: < http://escholarship.org/uc/item/8sd2t4rr>
acesso 24 mar 2012.
GAISE. Guidelines for Assessment and Instruction in
Statistics Education (GAISE) college report. American Statistical Association, 2005. Disponível
em:< http://it.stlawu.edu/~rlock/gaise/> acesso acesso 22 de jan de 2011.
GARFIELD, J., CHANCE, B., & SNELL, J. L.
Technology in College Statistics Courses,‖ In D. Holton et al. (Eds.), The
Teaching and Learning of Mathematics at University Level: An ICMI study,
2000.
GARFIELD,
J., delMAS, R, & ZIEFFLER, A.
education.Developing tertiary-level students' statistical thinking through the
use of model-eliciting activities. Proceedings
of the Eighth International Conference on Teaching Statistics. Ljubljana,
Slovenia.ICOTS-8, 2010.
MORAES,
Maria Candida. Novas tendências para o uso das tecnologias da informação na
educação 1998. Disponível em: http://www.edutecnet.com.br/edmcand2.htm.
Acesso em 20 de maio de 2011.
NCTM,
National Council of Teachers of Mathematics. Principles and Standards for School Mathematics. Reston,
VA. Author, 2000.
PONTE,
J. P., & FONSECA, H.
Orientações curriculares para o
ensino da estatística: Análise comparativa de três países. Quadrante,
10(1), 93-115. 2001. Disponível
em:http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/jponte/docs-pt/01-Ponte-Fonseca.pdf
Acesso 12 de ago, 2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário